A música deu à Costa! - O Sol da Caparica
O preço era bastante acessível sendo apenas 15€ um bilhete diário e 35€ o passe para todos os dias. Os preços foram decididos provavelmente para chamar muitos portugueses e convidá-los a desfrutar da boa música lusófona. Houve também várias actividades como a capoeira, pinturas faciais e a visualização de curtas de animação durante os intervalos dos concertos de forma a manter o público entretido.
Passaram assim quase 20.000 pessoas nesta primeira edição rica em música, diversão, praia e convívio e agora faremos a contagem decrescente para a próxima. Muitos ficam com a memória dos bons momentos passados durante O Sol da Caparica assim como nós que ainda tivemos a oportunidade de entrevistar alguns artistas. Por isso agradecemos a oportunidade e fiquem atentos às entrevistas que irão ser publicadas em breve! Fiquem por agora com as reviews e respectivas fotografias de D'Alva, Capitão Fausto, Buraka Som Sistema, Diabo na Cruz, Macadame, Expensive Soul, Capicua, Sensi e David Fonseca.
Dia 14 de Agosto
D’Alva
Os D’Alva estrearam o
palco Blitz e deram assim início à primeira edição do festival. Foi um concerto
cheio de energia e todos os presentes podem-no confirmar. A personagem que é o
frontman, Alex D’Alva Teixeira conseguiu sem dúvida alguma manter o espírito
festivo e festivaleiro elevando a fasquia para todos os artistas que passaram
nos palcos d’O Sol da Caparica. A noite costuma ser sinónimo de diversão, mas os
D’Alva não precisaram da ajuda da lua para começar a festa. Foi com músicas
quase que hiperativas que mostrámos os nossos passos de dança e ainda aprendi
alguns novos! As vozes de Alex, os coros e a guitarra de Ben Monteiro criam
harmonia e músicas geniais juntamente com os restantes instrumentos. Foram
músicas como “Aquele Momento” e “Homologação” que fizeram todos vibrar de
emoção e sentiu-se uma vibe de felicidade porque todos nós apenas queríamos
dançar, cantar e divertir. O recinto estava cheio de pessoas, quer fãs quer
simplesmente curiosos que no fim acabaram fãs do grupo. Assim, por pouco não
esgotámos toda a nossa estamina no primeiro concerto de estreia do festival que
definitivamente começou com o pé direito!
PS: Ben, espero que a tua
Sandra tenha recebido os tais beijinhos!
Texto por: Diana Veiga
Texto por: Diana Veiga
Capitão Fausto
Quando
os potentes Capitão Fausto subiram ao Palco Blitz, este encontrava-se já bem
composto por alguns fãs da banda. Os ainda jovens artistas, deixaram de passar
despercebidos pelo público português já em 2011, quando lançaram o seu primeiro
álbum “Gazela”, que foi um belo início de uma carreira que desde então os cinco
rapazes têm feito por marcá-la como fantástica. Os vocais de Tomás não são
indiferentes a ninguém – nem no Sol da Caparica o foram. Quando o rapaz entoa a
primeira canção da noite “Ideias”, (do novo álbum “Pesar O Sol”) o público
entrou em delírio e quem sabia a letra não se deixou ficar calado. “Raposa”,
uma das canções marcantes de “Gazela”, fez levantar a poeira no público e
podia-se ver a felicidade estampada na cara dos fãs. “Flores do Mal” marcou um
momento mais relaxante, que nos fez viajar para um outro mundo e dançar à
vontade tal como a música assim o manda. Ao tocarem a música “Célebre Batalha
de Formariz”, Tomás fez uma breve introdução que nos soou como que uma piada
pessoal: “imaginem que em vez de estarem na Caparica, estão no Meco e são
dux’s”. Achamos que pela letra da canção cantada, “Célebre Batalha de
Formariz", denota-se que a crítica/piada foi a favor da praxe, e esta fez
sorrir muitos. Ainda conseguiu-se ouvir muitas outras canções ao longo do
concerto como “Litoral” e "Nunca Faço Nem Metade", mas a canção final
fez realmente o público entrar em êxtase e também fez com que a banda acabasse
da melhor maneira. “Sobremesa” foi a última canção ouvida nessa noite e só
podemos pedir que o próximo concerto chegue em breve e com mais crowd-surfings, pois os Capitão Fausto
valem bastante a pena e já deixam saudades! 20 valores é a classificação que o
Watch And Listen dá a Tomás, Domingos, Francisco, Salvador e Manuel!
Texto por: Alexzandra Souza
Buraka Som Sistema
Os
cabeça de cartaz Buraka Som Sistema deram início à festa de encerramento do primeiro dia do
festival, seguidos pelo DJ do próprio grupo, DJ Branko. A grande espera da
noite não desiludiu os seus fãs com grandes hinos dançáveis e até mesmo as
danças da Blaya. Não vi ninguém parado ao som de “Stoopid”, a primeira música,
mas eu não sou propriamente alta logo não podia ver o público todo. Para
mostrar a quem não esteve presente que realmente houve festa na Caparica,
apenas faço notar que vi bolas (tipo yoga!), balões e vuvuzelas à mistura. “Up
All Night” foi um presságio para o resto da noite, mas é que isso nem se
questiona! Todos muito bem acordados apesar de já passar das horas de recolher para
as crianças. E foi entre singles como “Sound of Kuduro”, “Hangover” e “Parede” que
alguns tentavam dançar, uns dançavam com sucesso e muitos saltavam. A Blaya
também fez jus à sua fama, mostrando os seus passos de dança fazendo todos os
rapazes e homens delirarem. Cheguei a ouvir “eia puts, eia!” por parte dos que
me rodeavam e afirmo com toda a certeza que ela tem um poder para hipnotizar os
rapazes. Para além do espectáculo da Blaya tenho a declarar que houve uma tanta
interacção com o público. Um bom exemplo disso foi o facto de terem chamado
muitas fãs ao palco para dançarem. Não confirmo que elas realmente dançaram,
penso que estiveram mais tempo a tirar selfies no palco do que a dançar, mas ao
menos pareceram divertidas. Apesar disto acho que posso concluir a review de
uma forma mais coloquial. Eles deitaram a casa abaixo e foi um grande festão! Admira-me
não terem provocado um tsunami na Costa da Caparica com os seus kuduros pois
tanto eles como nós levantámos poeira, e por pouco não fizemos castelos de
areia.
Texto por: Diana Veiga
Dia 15 de Agosto
Texto por: Diana Veiga
Dia 15 de Agosto
Diabo na Cruz
Os
Diabo na Cruz já são bem experientes na música e nisto de dar concertos.
Formados em 2008 pelo tão conhecido Jorge Cruz, músico de renome português, têm
dado muito que falar desde então. Feitos de músicas que misturam o rock e a
música tradicional que apaixonam milhares de portugueses, "Vida de
Estrada" foi a música que marcou o regresso da banda que lançou o último
álbum de originais em 2012. O Sol da Caparica foi um dos festivais que recebeu
a banda neste seu regresso. O Palco SIC/RFM foi então o local onde os Diabo na
Cruz atuaram ao pôr do sol e deram um espectáculo memorável. Abrindo o concerto
com a recente "Vida de Estrada", a banda mostrou a energia frenética que possui, colocando desde cedo o público a dançar e a cantar. E foi assim mesmo o tempo todo: o público dançou, dançou e dançou. Houve tempo para a banda
fazer uma viagem por todos os álbuns. Foram-se feitos ouvir, pelo público que
acompanhou cantando, temas como “Tão Lindo”, “Os Loucos Estão Certos” ou
“Chegaram Os Santos”. O público esteve totalmente imparável durante todo o
concerto que foi a melhor maneira de abrir o Palco Principal neste dia. Memorável
portanto como sempre são os concertos de Diabo Na Cruz.
Macadame
Ao mesmo tempo que Diabo Na Cruz, no outro palco
encontrava-se uma banda bem mais recente da música portuguesa: os Macadame. Os
Macadame têm apenas um álbum de nome “Pão Quente e Bacalhau Cru”, onde mostram
a sua criatividade e ousadia ao misturar todos os estilos de música que mais
lhes agradam. A banda mostra realmente que diferentes estilos resultam juntos,
quando bem unidos – como é o caso em “Pão Quente e Bacalhau Cru”. A harmonia de
todos os ritmos juntos é muito bem ilustrada pelo álbum, que se torna bastante
interessante de ouvir pelas junções musicais. A nossa atenção foi captada
quando ouvimos as teclas numa canção bastante tradicional. Arrojado, mas muito bom.
Foi assim o concerto de Macadame no seu todo. O público fez para participar no
concerto, que a banda teimava por tornar interativo. Temas como “Chula
Andorinha” ou “No Prado Colhi Flores” foram conquistando aos poucos, o coração
dos presentes. O concerto terminou com um momento bastante interativo entre a
vocalista e o público, que gostou bastante da interação a julgar pela forte
participação e sorrisos na cara. Aconselhamos fortemente os Macadame.
Textos por: Alexzandra Souza
Expensive Soul
Cabeça
de cartaz do segundo dia que com o soul e rimas inteligentes entusiasmaram muitos
novos e velhos fãs. Demo e Max são um duo de nome ilustre na música portuguesa,
tendo início há uns quantos anos para cá. Max com os seus falsetes e Demo com as
suas rimas andam a criar música extraordinária desde então e n’O Sol da
Caparica deram espectáculo mantendo a alegria e nostalgia no ambiente.
Elogiando sempre as mulheres e a fazer magia em palco, tenho a dizer que pessoalmente
foi um dos meus concertos favoritos do dia apesar de ter sido a primeira vez
que os vi ao vivo. Grandes músicas como “Eu não sei”, “O Amor é Mágico”, “Cúpido”
e “13 Mulheres” fizeram-se ouvir. Todos os instrumentos e vozes funcionavam em perfeita
sintonia mas foram os de sopro que maravilharam juntamente com os coros angelicais.
Um tipo de música que se pode chamar de facto portuguesa misturando o soul e o pop
foi o que bastou para pôr todos a dançar alegremente e cantar canções de amor.
Se ainda se lembram do Felipe Gonçalves da Operação Triunfo (onde é que isso já
vai!) pois bem, digo-vos que ele acompanhou os Expensive Soul oferecendo algumas
vozes às músicas o que funcionou muito bem! Note-se ainda que o grande
espectáculo do duo não se deveu aos seus penteados mas sim ao talento. Fico
assim à espera de os ver novamente e quem sabe, talvez até de volta à praia.
Texto por: Diana Veiga
Texto por: Diana Veiga
Dia 16 de Agosto
Capicua
A artista foi a segunda mulher a atuar no palco Blitz no último dia do festival O Sol da Caparica e não podíamos estar mais gratas por isso. Capicua cantou temas dos seus últimos álbuns incidindo no mais recente "Sereia Louca", cantando temas como "Jugular" em acapella, "Vinho Velho"e "Casa no Campo" com Mistah Isaac, e "Mulher do Cacilheiro" com uma dedicação sentida às mulheres que todos os dias atravessam o Tejo da margem sul para Lisboa e ainda observámos um momento especial quando Capicua pede a participação de Aline Frazão (que antes tinha actuado) que subiu ao palco para cantar a canção "Lupa". Durante o concerto, o público também se mostrou muito convidativo cantando as letras que sabia de cor tendo ajudado ainda mais a festa. Esta foi a primeira vez da rapper portuense na Margem Sul e de certeza que não será a última. O final do concerto mereceu uma "Vayorken" bem aplaudida. Esperemos que esta sereia louca venha à superfície muitas vezes porque gostamos deste girl power.Sensi
Do girl power de Capicua
passámos para o som alegre de Sensi. Nas músicas de Sensi nota-se algumas
influências de pop, jazz e claro hip-hop e soul mas tudo isto cantado em
português. Neste concerto o rapper apresentou o seu último álbum lançado em
2013 "Pequenos Crimes Entre Amigos" e cantou temas como "Eu
Quero", "Tempophobia" e "Aqui Para Sempre". Também passaram
pelo palco convidados especiais como Frankie Chavez que actuou depois no mesmo palco, Ruas,
NBC e Selma Uamuse com a sua voz poderosíssima que levaram o público ao rubro.
O concerto terminou com o tema "Não Dá Para Fugir" onde se notou uma
vez mais o conhecimento das letras por parte do público que acompanhou então o
artista.
David Fonseca
O David Fonseca já é praticamente um veterano nestas andanças tendo uma carreira sólida com cerca de 10 anos. O cantor parece ser uma pessoa calma à primeira vista, mas quando sobe em palco revela-se uma fera dando um espetáculo energético do princípio ao fim. A lista de músicas passou pelo grande reportório do artista tocando os seus maiores êxitos. O concerto começou com a música "What is Life For" retirada do último álbum lançado em 2012, "Seasons: Rising-Falling". Houve alguns precalços durante o concerto com o som a falhar, mas acabou por ficar tudo resolvido e David não se deixou abater dizendo "isto pode continuar a acontecer o resto da noite que nós voltamos sempre". Depois dos problemas técnicos ficarem resolvidos, seguiram-se temas como "Kiss Me, Oh Kiss Me" onde o cantor pediu ao público para assobiar, "Stop 4 A minute", "It Means I Love You", e ainda houve tempo para covers: uma em português da música dos Peste & Sida "O Sol da Caparica" que dá o nome ao festival e uma em inglês onde houve David fez uma chamada ao passado com um telefone antes da cover "Video Killed the Radio Star" dos Buggles fazendo um pequen mash-up com a sua música "The 80´s" que terminou o concerto. Os temas "A Cry 4 Love" e "Someone That Cannot Love" também marcaram momentos muito inesquecíveis. O artista ainda desceu dizendo uns olás ao público. Sem dúvida alguma saltámos, dançámos e gritámos bastante devido a este belíssimo concerto.
Textos por: Iris Cabaça
Fotografias: Iris Cabaça
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A música deu à Costa! - O Sol da Caparica
Reviewed by Unknown
on
agosto 19, 2014
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