Royal Blood: o rock duro e cru por que esperávamos
O disco de estreia dos Royal Blood, "Royal Blood".
O duo de Brighton tem sido bastante falado devido a todo o barulho que provoca, e confesso que desde que ouvi os singles "Out Of The Black", "Little Monster" e "Come On Over" não consegui parar de ouvir e quando soube a data de lançamento do álbum fiquei muito ansiosa por o ouvir, e esse dia finalmente chegou.
Vamos partir coisas e fazer barulho
A primeira música do álbum é a estrondosa "Out Of The Black" que começa com a barulhenta bateria de Ben Thatcher e os acordes poderosos de Mike Kerr. Depois segue-se "Come On Over" iniciada por um riff de guitarra. Na terceira música "Figure It Out", os Royal Blood tentam perceber o que estão a fazer e é rock na sua melhor forma possível. Na cruel, mas nada fria "You Can Be So Cruel", Mike fala sobre um mundo mau que apenas conhece. Em "Blood Hands", Mike mostra uma vez mais os seus dotes vocais. A seguir é a "Little Monster" cujo título mais parece uma ironia porque os Royal Blood são dois grandes monstros (no bom sentido). Na "Loose Change", eles querem duplicar o dinheiro, e eu gostaria de duplicar mais músicas como esta. Eles querem-se preocupar menos em "Careless" mas ainda bem que se preocuparam com esta música. "Ten Tonne Skeleton" apresenta-nos uma letra um pouco assustadora, mas com um ritmo nada assustador. E a última música do disco é "Better Strangers" onde o duo deixa a seguinte mensagem "não nos sigam", mas é impossível não seguir uma banda com um álbum assim.Menos é mais
O álbum tem apenas 10 músicas o que prova que não são necessárias muitas para se fazer um grande álbum. Os Royal Blood também se revelaram sempre minimalistas sendo que atuam apenas os dois em palco. Sim, apenas com uma guitarra, uma voz, uma bateria e muitos suores.Cuidado com as cabeças
Se ainda não ouviram o álbum vão ouvir agora, é recomendável! Apenas tenham em atenção que "Royal Blood" vos pode incitar a fazer headbanging, crowdsurfing e mosh no conforto da vossa casa, por isso, tenham cuidado porque não nos responsabilizamos com isso. Se surtir esses efeitos é porque resultou bem. E tenham também cuidado com a dor de cabeça se ouvirem o álbum mil vezes seguidas porque pode acontecer.Rock do bom
O álbum de estreia dos Royal Blood é verdadeiramente um twist no rock and roll, e há já algum tempo que não se ouvia um álbum assim tão poderoso e bom como "Royal Blood". O duo tem tudo para triunfar em grande se continuar assim, e provou com o disco que o hype todo ao seu redor tem a sua razão de existir.Classificação: 8/10
Data de lançamento: 25 de agosto de 2014
Editora: Warners
Conselho: Ouvir com as colunas no máximo num local seguro
Texto: Iris Cabaça
Royal Blood: o rock duro e cru por que esperávamos
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agosto 29, 2014
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