Meatbodies no Musicbox: explosões elétricas atulhadas de rock possante californiano

Ontem, dia 21 de Abril, fomos até ao Musicbox para mais uma noite de concertos. Ontem era dia de finalmente ver Meatbodies, banda que ansiávamos por ver há algum tempo. A primeira parte ficou a cargo da "banda sensação da Rua de Angola", 800 Gondomar.

Os 800 Gondomar ficaram com a tarefa de aquecer o palco para os Meatbodies, e efetuaram-na de modo satisfatório. Eram 22:30h e os três membros da banda já se encontravam em cima do palco a tocar, para uma plateia ainda por preencher. Os 800 Gondomar mostraram energia, mas fica a sensação que falta amadurecimento e variação sonora. Têm os alicerces necessários, mas ainda falta estrutura. Ainda assim, levaram muitos aplausos para casa e conseguiram entreter o público, que abanava freneticamente as pernas e cabeças ao som da música.

De seguida, e mais cedo do que previsto, os Meatbodies subiram ao palco do Musicbox. A espera tinha terminado, finalmente. A plateia já se encontrava bem composta para receber a banda californiana, pelo que o espaço para respirar estava reduzido. Mal os Meatbodies subiram a palco, um frenesim de alegria e explosão de energia mergulhou pelo Musicbox adentro. O público não desiludiu e houve mosh do princípio ao fim. O sempre presente crowdsurfing também marcou uma forte presença, acompanhado das emoções fortes provocadas pelo rock possante dos Meatbodies. As guitarras elétricas dos Meatbodies despejavam cargas de rock excitante que dava vontade de saltar até mais não, e assim foi. Saltou-se, dançou-se e abanou-se o corpo do início ao fim, como a música pedia. A banda californiana é um grande exemplo de que o rock está vivo e de boa saúde. É de realçar que para além de energia, a banda é bastante expressiva e transparente nas emoções que transparece. Sendo isto, o que nos fez crer que eles gostaram tanto do serão, como nós. Foi um concerto arrebatadoramente fantástico. Ver Meatbodies ao vivo é uma experiência emocionante e única, e que vale a pena toda a espera do mundo. Para quando o regresso?

Texto: Alexzandra Souza
Fotografias: Iris Cabaça