Shhh! A Música do Pulp Fiction vai Tocar
Pulp Fiction é um clássico do cinema e um must-see. A vida e os maneirismos que os atores deram às suas personagens tornam-nas fantásticas. Tanto na escolha dos atores como no processo criativo, Tarantino sabe bem o que faz, sobretudo na escolha das músicas que integram os seus filmes.
Este filme foi revolucionário devido à sua forma de narrar as várias histórias das personagens, mas ele também ficou gravado nas memórias de todos os que já assistiram graças à sua banda sonora. Somos logo agarrados por ela com a música Miserlou de Dick Dale (enquanto relembramos a Pump It dos Black Eyed Peas) na segunda cena do filme, em que passam os créditos iniciais.
Em Pulp Fiction, a banda sonora é mais do que um complemento, ela toma parte da ação. O melhor exemplo disso é a história da noite de Mia Wallace e de Vincent Vega.
Quando Vincent chega a casa de Mia, a música de fundo é Son Of A Preacher Man de Dusty Springfield, mas só no final dessa cena é que percebemos que a música não é de fundo, pois ela estava a tocar na vida das personagens.
Depois, seguiu-se a cena em que Rumble de Link Wray preenche o silêncio desconfortável entre Mia e Vincent, sendo a música de fundo do restaurante onde ambos jantavam.
A cena seguinte, em que Mia e Vincent protagonizam a sua mais famosa cena ao dançarem o seu twist ao som de You Never Can Tell de Chuck Berry, é outro exemplo em que a música faz parte integrante da narrativa.
Por último, temos ainda a cena em que Mia põe a tocar o cover dos Urge Overkill de Girl, You'll Be a Woman Soon, quando ela e Vincent chegam a casa no final da sua noite (pelo menos eles assim pensavam).
A banda sonora de Pulp Fiction foi uma das bandas sonoras que ficaram tão ou mais famosas do que o filme onde aparecem, pois já ninguém consegue ouvir Surf Rider dos The Lively Ones sem se lembrar de Vincent Vega e de "Bad Motherfucker" Jules Winnfield.
Texto: Gabriela Luís
Shhh! A Música do Pulp Fiction vai Tocar
Reviewed by Anónimo
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abril 07, 2017
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