Sofar Sounds Lisbon no Museu das Telecomunicações: há sempre boas surpresas
O Sofar Sounds Lisbon voltou a realizar outra edição no dia 3 de junho com artistas emergentes, nacionais e estrangeiros, no Museu das Telecomunicações. Do Brasil veio a Maíra Baldaia, de Lisboa os Madrepaz e da Bélgica as FAON FAON.
A primeira a atuar foi Maíra Baldaia acompanhada por Verônica Zanella na guitarra, Larissa Horta no baixo e Débora Costa na bateria. A cantora de Minas Gerais apresentou alguns temas do seu álbum de estreia chamado "POENTE e outras paisagens", como, "Poente" e "Insubmissa". A sua linda voz agarrou o público desde a primeira fila até à última, e ninguém ficou indiferente com as suas letras fortes que falam sobre a mulher negra, liberdade e amor. Maíra Baldaia trouxe teatralidade e uma identidade única no palco do Sofar. Assim, foi uma descoberta especial porque não é habitual ouvir-se uma mistura de poesia em português, blues e samba tão bem conseguida.
Em seguida, chegaram os lisboetas Madrepaz formados por João Barreiros, Nuno Canina, Pedro da Rosa e Ricardo Amaral. O grupo apresentou o seu primeiro álbum lançado este ano, "Panoramix", que tem músicas de "pop xamânica", como lhe chamam. As suas músicas têm letras pop com melodias psicadélicas e foi mesmo isso que vieram mostrar ao Sofar neste concerto intimista.
Por fim, as FAON FAON deram por terminada esta edição do Sofar Sounds Lisbon. Olympia Boule e Fanny Van Hammée são da Bélgica e tinham passado pelo MIL dois dias antes. O duo de pop tocou alguns temas do seu EP de estreia. As letras são todas em francês, mas isso não tirou a diversão do concerto mesmo para as pessoas que não percebem a língua. Pois, ambas deram um espetáculo eletrizante. Ainda houve tempo para uma música que tinham ensaiado num café na véspera, e no final meteram o público todo de pé para dançar. As FAON FAON foram a grande surpresa do dia e uma das melhores que o Sofar proporcionou até agora.
Mais uma vez, o Sofar Sounds Lisbon conseguiu concretizar o seu objetivo de dar a conhecer artistas e bandas emergentes em concertos para pequenos grupos de pessoas e em salas improváveis. Quer seja com músicos portugueses, quer seja com músicos estrangeiros a fórmula está a ser cumprida e só poderá continuar a melhorar.
Fotos e texto: Iris Cabaça
Sofar Sounds Lisbon no Museu das Telecomunicações: há sempre boas surpresas
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junho 09, 2017
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