Iceage no Jameson Urban Routes 2018: um furacão da Dinamarca

No dia 27 de outubro, o Jameson Urban Routes teve a sua sétima sessão deste ano, no Musicbox. Nesta penúltima sessão do festival, os portugueses Palmers e os dinamarqueses Iceage foram os nomes que fizeram a festa.

Das Caldas da Rainha, chegaram os Palmers, a mais recente banda a rebentar no panorama musical nacional. Ainda sem nenhum EP, Cláudia Sofia Brás, Raquel Custódio e Vasco Cavalheiro tocaram alguns dos temas que andam a preparar para o seu primeiro filho. O concerto foi curto, como seria esperado, mas deu para o grupo mostrar o que é em palco. Notava-se que todos estavam realmente felizes por estarem ali. As suas músicas de garage e punk rock foram um ótimo aquecimento para o que se seguia.

A sala encontrava-se a abarrotar com pessoas ansiosas por verem a estreia dos Iceage em Lisboa. Apenas Elias Bender Rønnenfelt já tinha passado pela capital com a sua outra banda Marching Church. A banda trouxe o seu novo álbum Beyondless para apresentar ao público lisboeta juntamente com um fri... calor dinamarquês. Em palco quem controla tudo é o vocalista Elias Bender Rønnenfelt. Pois, parecia um maestro a comandar a orquestra ao longo do concerto. Só proferiu alguns «thank you» (obrigado) durante o espetáculo, mas foi o suficiente para deixar o público satisfeito. A sua voz agressiva misturada com os ritmos sensuais de punk rock e as letras intelectuais escritas entre todos são os ingredientes que os tornam únicos e que marcam as suas atuações ao vivo. O que se reparou pela reação das pessoas em alguma músicas, como, "Thieves Like Us", "Catch It" e "The Day Music Dies", e quando houve alguns moshes a acompanharem as mesmas. Os Iceage trouxeram tudo o que seria esperado deles e ainda mais. Assim, um furacão vindo da Dinamarca passou por Lisboa com uma energia imparável, melodias frenéticas e uma presença inesquecível.

Texto: Iris Cabaça
Fotos: Ana Viotti