It's Okay Not To Be Okay: o amor pode ser a solução?
It’s Okay Not To Be Okay é uma das adições mais recentes ao catálogo sul-coreano da Netflix. A série com dezasseis episódios estreou no canal tvN a 20 de junho e acabou a 9 de agosto.
O K-drama fala sobre o romance entre Moon Gang-tae (Kim
Soo-hyun), um auxiliar num hospital psiquiátrico, e Ko Moon-young (Seo Ye-ji), uma
famosa escritora de contos infantis, problemas familiares e doenças mentais,
sendo que, grande parte da história passa-se no hospital psiquiátrico OK. No
princípio, até parece uma série carregada de clichês românticos sobre um casal
que, eventualmente, irá acabar junto. Porém, é muito mais do que isso.
O irmão mais velho de Moon Gang-tae, Moon Sang-tae (Oh Jung-se), que mais tarde se torna num ilustrador, sofre de autismo e assistiu ao assassinato da mãe ficando com um medo de borboletas, porque a pessoa que assassinou a sua progenitora tinha um alfinete com uma borboleta, e essa memória durante vinte anos. O que leva a ambos mudarem-se a cada primavera quando ele volta a ter pesadelos sobre essa situação. A série mostra a perspetiva de alguém no espetro, as suas reações e como as pessoas à sua volta lidam com tudo. Também dá alguns conselhos para ajudar pessoas com esta condição de saúde nos momentos mais difíceis.
Já Ko Moon-young tem transtorno de personalidade antissocial o que a leva a fazer coisas más sem sentir remorsos, tais como, aleijar intencionalmente alguém, empurrar uma pessoa das escadas e responder mal às pessoas. A sua mãe Do Hui-jae (Woo Jung-won), uma escritora de sucesso, contribuiu para os problemas mentais da filha porque a isolava em casa, no apelidado castelo amaldiçoado, e não deixava ninguém aproximar-se dela. Enquanto que, o seu pai Ko Dae-hwan (Lee Eol) sofre de demência e é internado no hospital psiquiátrico, onde morre.
Além disso, aborda outros temas importantes, como, depressão, PSTD, ansiedade, bipolaridade, alcoolismo, e distúrbio de identidade. Gan Pil-ong (Kim Ki-chun) é um veterano da Guerra do Vietname que sofre de transtorno do stresse pós-traumático. Joo Jeong-tae (Jung Jae-kwang) tem problemas com o álcool. Lee Ah-reum (Ji Hye-won) fica com ansiedade e depressão após ter fugido do seu ex-marido abusivo. A mãe de Yoo Sun-hae (Joo In-young) batia-lhe quando era criança e o seu pai nunca fez nada para impedir isso, e ela tem transtorno dissociativo de identidade. Kang Eun-ja (Bae Hae-sun) sofre de depressão psicótica desde a morte da sua filha e ainda acredita que ela está viva. O filho de um político, Kwon Gi Do (Kwak Dong Yeon) é bipolar e vai para o hospital OK quando tem fases maníacas porque a sua família não quer que isso se torne público. Por fim, Moon Gang-tae tem depressão pela vida atribulada que teve desde a morte da sua mãe.
O centro da história é o amor entre Ko Moon-young e Moon Gang-tae, que começou quando se conheceram ainda eram crianças, com muito drama à volta, mas que acaba bem e felizes para todos, incluindo Moon Sang-tae que também faz parte desta nova família de três. Moon Young e Gang-tae ajudam-se mutuamente a curar os seus traumas do passado com sucesso. Ao mesmo tempo, fala acerca de doenças e distúrbios mentais explicando o que é cada um e como as pessoas sofrem com os mesmos. Ainda mais, dá esperança para essas pessoas que podem ter vidas perfeitamente normais e podem ficar melhores com o tratamento certo.