#AoVivoOuMorto - salvar as salas de espetáculos nacionais
A Circuito começa a sua campanha para salvar 27 salas nacionais espalhadas pelo país, protagonizada por vários artistas como Gisela João, Selma Uamusse, Tomás Wallenstein, Marfox, Yen Sung e Hélio Morais. Com o lema #AoVivoOuMorto, a ação chama a comunidade artística e o público a juntar-se numa fila/manifestação que pretende sensibilizar para a importância destes locais para a cena musical nacional.
No dia 17 de Outubro, pelas 15h00, em Lisboa, Porto, Viseu e Évora artistas e audiência esperam na fila para entrar nas salas fechadas, chamando a atenção para a importância destes espaços no tecido cultural e pedindo medidas de apoio para garantir a sua sobrevivência.
Constituída por 27 salas de todo o país, a Circuito é a mais importante rede de palcos nacional para o surgimento, visibilidade, afirmação e circulação de artistas e públicos no contexto da música popular actual portuguesa. De bandas a produtores, passando também por DJs, estes espaços actuam como importantes plataformas para o desenvolvimento e afirmação de carreiras artísticas, apostando em nomes merecedores de audiências e propostas alternativas.
Para evitar a perda irreparável desta rede de palcos, a Circuito apela à implementação urgente de medidas de apoio e estratégias públicas de protecção e valorização do sector. Estas medidas passam pela criação de um programa imediato de investimento nestas salas, válido até ser autorizada a retoma sustentável da actividade e que garanta a compensação do prejuízo mensal provocado pelos custos fixos de exploração das salas, os quais não foram suspensos ou comparticipados por outros programas. Como Gonçalo Riscado, director da CTL e Musicbox, nota, “estamos perante um circuito que é um dos pilares de todo o ecossistema da indústria da música. Se um pilar cai, todo o ecossistema desmorona”.
Em 2019, estas salas contabilizaram um total de 7.537 actuações musicais para uma audiência de 1.178.847 pessoas, envolvendo dezenas de milhares de autores, intérpretes e outros profissionais do espectáculo. Estes números atestam que a cultura musical portuguesa como a conhecemos não poderá existir sem esses espaços, pelo que é vital acautelar a continuidade da sua existência.
No sentido de garantir esse mesmo futuro, a Circuito propõe também a disponibilização de programas de apoio à criação, programação e circulação artística, envolvendo esta rede com o reactivando a sua actividade e impulsionando a sua recuperação.
Dia 17 de Outubro, pelas 15h00, em Lisboa, Porto, Viseu e Évora, “Junta-te à fila para que o circuito não morra”.
Lisboa - Lux Frágil
Porto - Maus Hábitos
Viseu - Carmo 81
Évora - Sociedade Harmonia Eborense