Discodrama de Moullinex no Coliseu dos Recreios: a celebração merecida
Num sábado à noite, Moullinex celebrou os dez anos do álbum Flora (2012) e o seu mais recente trabalho Requiem for Empathy (2021) no Coliseu dos Recreios, no espetáculo apelidado Discodrama, que foi dividido em três Atos: Act I – Flora; Act II - Requiem for Empathy; Act III – DJ sets de Anna Prior e Xinobi. Ao longo dos diferentes atos, vários convidados juntaram-se ao artista em palco.
Ao seu lado, estiveram Guilherme Tomé Ribeiro, Diogo Arranja e Guilherme Salgueiro nos dois primeiros atos. Um espetáculo feito com alguns amigos e colaboradores de Luís Clara Gomes que levou ao público nesta noite durante mais de cinco horas.
No Act I, dedicado a Flora, Iwona Skv subiu ao palco para cantar “Deja Vu”, “Darkest Night” e “To Be Clear” de seguida; depois foi a vez de Da Chick chegar com a sua energia contagiante para interpretar “Hypnotize”; e perto do final veio Peaches, que este ano atuou no MEO Kalorama em setembro, e fez-se ouvir “Maniac”, não deixando ninguém indiferente com este tema.
Após uma breve pausa para se descansar e mudar-se o palco, veio. O Act II com foco em Requiem for Empathy, o álbum mais recente de Moullinex lançado numa altura em que não se podia dançar à vontade, e começou com “Coral” e “Running in the Dark”. Os convidados nesta segunda parte foram Afonso Cabral em “Hey Bo” e Selma Uamusse no tema “Ngoma Nwana”, que conquistou o público com a sua força.
Ainda se ouviram as músicas “Minina Di Céu” com Sara Tavares que não conseguiu estar presente, “Inner Child”, “BREAK/OUT/BREAK” e “Luz”, onde se pôde ouvir a bela voz de Guilherme Tomé Ribeiro, o vocalista oficial de Moullinex, segundo o próprio. Como tudo o que é bom acaba, o final destes dois atos foi feito com a eletrizante “Take My Pain Away”.
A noite continuou com os DJ sets de Anna Prior, dos Metronomy, e Xinobi, da Discotexas, para prolongar esta febre de sábado à noite e transformar o Coliseu num clube noturno com direito a boa música para se dançar.
Nestas horas, Moullinex conseguiu fazer uma espécie de minifestival de eletrónica no centro de Lisboa com vários amigos; um público, que apesar de não ser muito, contribuiu para a animação e retribuiu em passos de dança; um espetáculo de luzes e vídeo excelente, que muitos festivais nem chegam a fazer, e, ainda, fazer um best of de alguns momentos da sua carreira como artista e produtor.