Mayra Andrade e Diana Castro no Festival Tu & Eu: o poder da palavra

 

No dia 11 de novembro, o Centro Cultural de Belém recebeu o primeiro dia do Festival Tu & Eu, que contou com Mayra Andrade e Diana Castro no alinhamento desta noite.

 

Acompanhada por Beatriz Fonseca na guitarra, Diana Castro apresentou os seus temas lançados em 2021 e este ano para uma plateia atenta. Ao mesmo tempo, a artista conversou com o público em vários momentos do concerto para ajudar a este ambiente mais intimista. Ainda dedicou “O amor de Pedro e Sofia” que se encontravam sentados a assistir, e cantou a animada “Ginger Ale” do Festival da Canção de 2022. 

 

 

O momento mais esperado da noite chegou com Mayra Andrade acompanhada por Djodje Almeida na guitarra. A usar um vestido rosa e a entrar em palco descalça foi recebida com aplausos num auditório cheio e ansioso para a ver neste formato acústico.

 

Num ambiente intimista e com ambos os artistas sentados, Mayra Andrade abriu a casa das suas canções para a plateia presente. A artista percorreu alguns dos maiores temas da sua carreira com arranjos diferentes e, ao mesmo tempo, foi partilhando algumas das histórias que originaram as letras ou melodias. Em “Plena”, contou como a letra foi inspirada após um almoço com amigas onde se encontrava triste e a melodia depois de uma noite de lua cheia.

 

Este registo mais intimista apoiado apenas pela sua bela voz e por um maravilhoso guitarrista, permitiu à artista aproximar-se mais do público neste ambiente mais confortável. Além disso, as histórias que contou tornaram as letras e o significado das mesmas ainda mais importante.

 

“Afeto”, “Pull Up” e “Manga” foram alguns dos temas que fizeram parte deste momento e tiveram direito a este novo arranjo. Inclusive, o público cantou mais alto em alguns a pedido da artista que animou o auditório do CCB desde a primeira fila até aos camarotes.

 

Seja a cantar em crioulo, português, inglês ou francês e sempre com a história de Cabo Verde presente, Mayra Andrade mostrou a sua versatilidade e que as suas músicas funcionam igualmente e, às vezes, até melhor em acústico porque a sua bela voz sobressai ainda mais. Ao mesmo tempo, foi uma forma de antecipar o final da era do álbum Manga, editado em 2019.