Expresso Transatlântico no Musicbox: o melhor da tradição e modernidade
Numa noite fria de dezembro, os Expresso Transatlântico esgotaram o Musicbox e vieram apresentar as músicas que têm andado a trabalhar desde o ano passado e ainda trouxeram um convidado especial.
Aos irmãos Gaspar (guitarra portuguesa) e Sebastião Varela (guitarra elétrica) e Rafael Matos (bateria) juntaram-se Zé Cruz (no trompete e teclado) e Tiago Martins (no baixo).
Alguns minutos antes do concerto começar, já havia muitas pessoas pertos do palco ansiosas por verem a banda, enquanto lá fora ainda estavam mais algumas na fila. Assim que entraram em palco, foram recebidos com bastante entusiasmo do público, como seria de esperar.
A começar em força com os seus temas mais mexidos, como, “Primeira Rodada”, “As Ladras” e “Azul Celeste” conseguiram meter o público a mexer os pés com a mistura que fazem entre tradição e modernidade. Tal fusão que se sente ainda mais ao vivo com a junção da guitarra portuguesa e da elétrica e, ainda, da bateria, baixo e trompete, e também das pessoas que estiveram presentes e tinham diferentes idades, desde as mais novas até às mais velhas.
Com claras inspirações dos Dead Combo, é bom ver-se alguém pegar em sonoridades mais tradicionais e ainda trazer algo fresco e de novo num projeto interessante, e que ao vivo funciona ainda melhor.
Perto do final, a banda ainda chamou Conan Osiris para cantar “Barquinha”, o single mais recente do grupo, e foi recebido com vários aplausos de pessoas que tinham saudades de o verem em cima de um palco. Não desiludiu com a sua voz que se adequa perfeitamente bem à melodia da música nem com a sua stage presence, arrancando muitos gritos, sorrisos e palmas de alegria.
Assim, os Expresso Transatlântico deram um concerto brilhante e focado nesta noite e que, provavelmente, ditará uma parte da sua carreira nos próximos meses até ao lançamento do primeiro álbum, porque se agora já dão espetáculos destes e conseguem atrair tantas pessoas, então depois será em maior escala.