Super Bock Super Rock 2023: Dia 2 - do hip-hop à pop
O segundo dia do Super Bock Super Rock foi o mais eclético dos três e teve direito a rock, hip-hop, disco e pop no line-up.
No palco LG, os Glockenwise trouxeram o seu Gótico Português, o álbum mais recente da banda de Barcelos, pela primeira vez à Margem Sul. O grupo mostrou porque é que uma das melhores bandas nacionais com o seu punk agora cantado em português. Encheram o palco e até a plateia no final com um rock’n’roll certeiro que não deixou ninguém indiferente.
A seguir foi altura de se dançar com Nile Rodgers & CHIC que trouxeram alguns dos seus melhores hits ao palco Super Bock. Num concerto repleto de grooves que trouxeram uma animação inigualável entre o público, Nile Rodgers & CHIC mostraram o que sabem fazer melhor. Assim, atuaram temas de CHIC, tais como, Everybody Dance, I Want Your Love e Good Times. Também se ouviram músicas em que Nile Rodgers participou como I’m Coming Out de Diana Ross, Material Girl e Like A Virgin de Madonna, CUFF IT de Beyoncé, Get Lucky e Lose Yourself To Dance dos Daft Punk. Perto do final, ainda trouxe a palco GZA dos Wu-Tang Clan no tema Rapper’s Delight de The Sugarhill Gang, e terminou com Let’s Dance de David Bowie para culminar a sua boa disposição que apresentou ao longo do espetáculo.
Wu-Tang Clan, um dos maiores grupos do hip-hop dos anos 90, estreou-se em Portugal no palco Super Bock. RZA foi o primeiro membro a surgir em palco e depois, a cada música aparecia um membro: Raekwon, Ghostface Killah, GZA, Inspectah Deck, U-God, Masta Killa e Cappadonna com o DJ Mathematics nos beats. Uma das maiores enchentes deste dia foi neste concerto, como já seria esperado, e várias eram as t-shirts do grupo que se viam no meio do público. Fizeram-se ouvir os temas Da Mystery of Chessboxin, Wu-Tang Ain’t Nuthing’ Ta F’ Wit e Bring The Ruckus. Com a nostalgia a pairar no ar, os Wu-Tang Clan cumpriram um sonho de muitos fãs portugueses de os verem finalmente.
Pela primeira vez, os The 1975 foram convidados a serem cabeças de cartaz do festival, o primeiro deles em Portugal. E, como foi dado tanto destaque, o concerto teria que superar as expectativas dos fãs que aguardaram mais de 4 anos pelo seu regresso (que, por acaso, foi no Meco que atuaram pela última vez, abrindo as hostilidades à Lana Del Rey em 2019). Expectativas superadas: conseguiram surpreender o público português com algumas músicas surpresas, como foi o caso de Sex e Robbers, sem faltar que cantaram os seus hits como Love It If We Made It e About You. Apesar de não terem trazido a sua At Their Very Best tour, Matty Healy assumiu um pouco da sua personagem em alguns momentos do concerto. Em resumo, foi o melhor concerto do segundo dia do festival. E com um público animado, faz-se ótimos concertos.
Caroline Polacheck, a nova sensação da pop indie atravessou além fronteiras para chegar ao Meco e apresentar o seu novo trabalho Desire I Want To Turn Into You lançado em março deste ano. Com um concerto de uma hora, Caroline conseguiu por o Meco a apaixonar-se pelas vibes indies e mistificadas do pop, a entoar canções como Bunny Is A Rider, So You’re Hurting My Feelings e Sunset. Ainda dedicou I Believe à falecida cantora SOPHIE. Pode-se dizer que a cantora marcou pela diferença, visto que muitos do que estavam no público, também pouco conheciam desta cantora e a sensação que foi notória é que, após o final do concerto, muitos foram descobrir quem é Caroline e o que ela está a fazer neste momento no mundo musical.