Super Bock Super Rock 2023: Dia 3 - o reino da música eletrónica
Se no segundo dia o line-up foi eclético, no terceiro e último o grande destaque foi para a música eletrónica. Talvez por ser o último dia e ter dado para se aproveitar o sol e dado uns passos de dança até à última.
Mais um regresso ao Meco. Quando se estreou, estava um pouco tímido, desinibido. Porém, o seu regresso demonstrou que conhece bem o festival, o público e o ambiente. Kaytranada tornou o Meco numa pista de dança a céu aberto, sem tabus, livre de toda as preocupações. O seu estilo único deixa o público ao rubro, num momento em que o sol se estava a pôr. Passou alguns dos seus conhecidos remixes de algumas músicas bastante conhecidas pelo público em geral, como o remix de “Cuff It” da Beyoncé ou de “Don’t Start Now” da Dua Lipa. Porém, houve tempo para ouvir “10%”, “Vex Oh” e “4EVA”. O artista deixou todo o seu amor a Portugal e ao seu público no final do concerto, com uma enorme gratidão e recordou um pouco do seu primeiro concerto em Portugal. Nunca desilude.
Artista revelação do ano, PinkPanthress estreou-se pela primeira vez em Portugal, mais propriamente na Herdade da Cabeça do Flauto, em Sesimbra. As expectativas para este concerto eram altas: previa-se um concerto bastante animado. Porém, foram demasiado altas e tudo o que recebemos foi um concerto de apenas meia-hora, visto que as músicas da artista têm duração entre 1:30 e 2 minutos. Mesmo assim, interagiu bastante com o público, sempre super animada. O som do palco estava baixo porque a cantora tem um problema nos ouvidos que pode causar surdez total. Para além disto tudo, ainda houve tempo para ouvir alguns do seus hits como “Boy’s a Liar”, “Pain” e “Just for me”. Ainda apesar disto tudo, conseguiu dar um concerto bom, com direito a banda (um caso pouco raro, visto que anda sempre com um DJ atrás do palco) e com direito a presentes dos seus fãs.
Começou no mundo da música por integrar um grupo de hip-hop americano, chamado The Internet. Depois da separação, Steve Lacy começou a dar cartas na música a solo e foi trabalhando, até chegar a “Bad Habit”, o seu maior hit da carreira. Foi à pala dos maus hábitos que originou numa tournee mundial, com passagem no Meco. Para além do seu maior hit, tem músicas como “Dark Red”, “Static” e “C U Girl”. Apesar de não haver uma grande fã-base em Portugal, o cantor passou um pouco despercebido no festival. Houve uma fraca afluência de pessoas neste concerto, que acabou por ter o seu melhor momento quando Steve cantou “Bad Habit”. No geral, o cantor acabou por pecar um pouco por não ter muita interação com o público. Uma pena, pois merecia bem melhor.
Quando te aconselharem para ires ver um concerto de L’Imperatrice, leva o conselho bem a sério que não te vais arrepender. E este foi mesmo o caso. A banda francesa estreou-se pela primeira vez no ano passado no festival Paredes de Coura. Este ano, foi a vez de chegarem ao Meco para meter a multidão de pessoas ao rubro. Todos os integrantes da banda, tinham um coração LED nos seus casacos, de forma a simbolizar a banda e também toda a sua estética, que passa através das luzes de palco e toda a cenografia. Um concerto que durou uma hora e, que, ainda houve tempo para ouvir mais dois temas da banda. Tocaram algumas das suas músicas mais conhecidas, como “Agitations tropical”, “Vanille fraise” e “Everything Eventually Ends”. Se perdeste este concerto incrível, tenta não perder o próximo. Não vais arrepender.